E POR QUE NÃO TENTAR?
- aleogassavara
- 8 de fev. de 2019
- 4 min de leitura
Atualizado: 9 de fev. de 2019
Limitações que nos prendem

Depois de alguns casos de consultoria que tive nos últimos meses e percebendo visões e questões de clientes, resolvi escrever um artigo para instigar vocês a se questionarem mais sobre como se vestem e como se veem.
Trabalhei com algumas clientes distintas e nesses trabalhos comecei a perceber algumas coisas que fazem bastante sentido de serem discutidas e pensadas.
No caso de uma mulher que engravidou e teve bebê há pouco tempo (isso vale até de 2 a 3 anos após o parto), podemos entender que além do corpo ter mudado, sua relação com ele também muda. Há chances de engordar, a estrutura da barriga não é a mesma, os quadris ficam mais largos, os seios às vezes caem, uma série de mudanças físicas que de fato fazem com que a mulher comece a se ver de outra forma e muitas vezes não se reconhecer.
Existe aí uma questão que vale não só para essa mulher, mas para todas as plus sizes que é um apego com roupas que não servem mais. Esse é um ponto importante a ser tratado, pois muitas vezes deixamos roupas em nosso armário por dó de doar, por nunca termos usado na esperança de um dia aquilo servir, ou mesmo roupas que utilizamos como “fita métrica” ou “objetivo”, aquelas que guardamos para que no dia que elas servirem, saberemos que emagrecemos.
Essas roupas, além de ocuparem um espaço desnecessário no guarda roupa, trazem um sentimento ruim de frustração. Isso porque elas não nos servem, então todas as vezes que vemos essas roupas podemos pensar que não emagrecemos e por isso não podemos usar essa roupa. Isso não traz alegria e nem boas energias a ninguém.
Além disso, nesse caso da nova mamãe, a rotina também muda. Percebe-se uma tendência menor a eventos sociais e até mesmo aos cuidados pessoais. É natural que essa mulher se volte única e exclusivamente para os filhos nesse período, mas é importante lembrar que ela tem uma vida e que ela deve sim se cuidar e se valorizar, ela merece isso. E é ela que tem que enxergar e aprender a como trabalhar com esse novo corpo.
É importante trazer pra essa mulher que a rotina existe sim, mas deve-se incluir momentos de lazer e bem estar pessoal e para isso, existem looks que vão ajudá-la a sentir melhor com ela mesma. O que fui percebendo durante as consultorias foi que é possível mudar o olhar que temos sobre nós mesmas, mas para isso é preciso experimentar.
Uma das coisas que foi importante para minhas clientes foi esse assunto. O tentar normalmente é uma coisa difícil para todos, pois envolve mudança e sair da zona de conforto, sair do arroz com feijão de todo dia.
Normalmente as pessoas vestem os mesmos tipos de looks, não necessariamente as mesmas roupas, mas a composição é sempre muito parecida, por segurança e medo de errar. Aí entra meu questionamento: mas por que não tentar?
TÁ BOM, MAS O QUE EU FAÇO?
Para ajudar no questionamento, vou colocar aqui alguns tópicos que acho que valem para quem quiser tentar algo novo e mudar esse olhar:
1. Roupas que não servem mais:
Se as roupas não servem, não há motivo para mantê-las com você. Doe ou, caso a roupa seja nova e você esteja com dó de doar, venda, assim você faz um dinheiro para comprar uma roupa nova que te sirva e que te faça feliz.
2. Mude o olhar:
Para mudar o olhar sobre nós mesmos, é importante que nós aprendamos a nos desconstruir de forma que possamos ter olhos “nus”, sem preconceitos e julgamentos.
Precisamos ser mais gentis com nós mesmos. E pra isso, um exercício válido é se olhar sem roupa no espelho de corpo inteiro, em todos os ângulos, sentada, em pé, de frente, de lado, de costas. Entender o que seu corpo tem de bom e entender que incômodos são naturais, mas que podem ser vistos com olhos bons.
3. Entenda seu corpo e se aceite:
A partir do exercício anterior, vale a pena você repensar nos seus pontos e entender cada parte do seu corpo que te incomoda e aquilo que você considera bonito em você. Entenda que este é o seu corpo e isso faz você ser quem você é, por isso, valorize o que você tem, aprenda a olhar cada parte do seu corpo sem julgamentos e com amor, e aprenda a se aceitar como você é, para poder se libertar de limitações infundadas.
4. Combinações novas:
Como disse, muitas vezes usamos as mesmas combinações sempre, porque vimos que um dia ficou bom então ficamos naquela de em time que está ganhando, ninguém mexe.
Mas por que não usar aquela calça de todo dia com uma blusa totalmente diferente? Ou peças estampadas com peças estampadas?
O exercício interessante é testar! Isso mesmo, testar combinações que você nunca nem pensou em usar, mas também nunca vestiu para ver se fica bom. Para perder o medo e também sair do óbvio, tente, por exemplo, estampas com estampas, ou cores com estampas. O importante é sempre ter uma cor em comum nas peças combinadas, assim fica mais fácil.
E outra dica legal é pegar referências de looks na internet que as pessoas já fizeram com uma peça parecida com a sua. Isso pode ter dar inspiração para tentar coisas novas!
5. Peças da moda:
Sabe aquelas peças que entram na moda a cada estação ou temporada? Tivemos várias já. Um bom exemplo prático que vi em minhas consultorias foi a pantacourt. Considerada um tabu por algumas mulheres e amada por outras.
Essas peças podem ser uma ótima opção para você começar a ousar nos looks. No caso da pantacourt, as vezes o modelo convencional não fica harmonioso no seu corpo, por isso vale entender quais modelos existem e testar se algum te deixa mais confortável.
Isso vale para todos os itens. Tente encontrar opções das modinhas que combinem com você, com seu tipo de corpo, com seu estilo. Não é ficar refém da moda, mas experimentar algo que está em alta e entender como você se sente usando isso.
6. Se jogue
Por fim, depois de tentar esses exercícios, se jogue para tentar coisas novas, se liberte do “não” ou do “humm não sei” que existem dentro de você. Se abra para novas possibilidades. Isso muda a energia, muda o astral e com certeza pode mudar sua relação com você mesma e com a sua vida.
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